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26 de setembro é o Dia Nacional da Surdez. Como forma de conscientização, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), em parceria com a Sociedade Brasileira de Otologia, orienta para a importância de ter uma boa saúde auditiva. Entre os temas abordados, a preservação da audição e conscientizar a população dos fatores de risco para a perda auditiva estão entre os principais.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), de 2020, estima-se que cerca de 15 milhões de pessoas apresentem perda auditiva no Brasil. Isto equivale a cerca de 7% da população. Ainda de acordo com a OMS, 1 bilhão de pessoas têm alto risco de ficar sem audição nas próximas décadas e também é necessária a atenção para a identificação da perda auditiva em recém-nascidos, fatores de risco durante a gestação e na infância. 

Acompanhe abaixo a entrevista completa do Prof. Dr. Edson Ibrahim Mitre, presidente da Sociedade Brasileira de Otologia, filiada à ABORL-CCF, e professor adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Na semana entre os dias 20 e 24 de setembro, a ABORL-CCF promove a Campanha Nacional da Surdez. Qual é o objetivo dela?

A ABORL-CCF, em parceria com a Sociedade Brasileira de Otologia, trabalha para a conscientização da população em manter uma boa saúde auditiva para a comunicação e aprendizado adequados. A preservação da audição é uma das metas, bem como conscientizar a nossa população dos fatores de risco para a perda auditiva – para o que muitas pessoas ainda não se atentam. 

Outro ponto de ressalva é a identificação da perda auditiva em neonatos e crianças, além de fatores de risco durante a gestação, causas neonatais e na infância. Queremos explicar que existem muitas possibilidades de tratamento para perdas auditivas e de reabilitação da audição, nos casos de perda auditiva irreversível, desde aparelhos auditivos convencionais, próteses cirurgicamente implantadas e até implantes cocleares.

Quantas pessoas a surdez atinge no Brasil? E quais as principais causas?

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), de 2020, no Brasil, estima-se que cerca de 15 milhões de pessoas apresentem perda auditiva. Este número equivale a cerca de 7% da população.

As causas são diferentes de acordo com a faixa etária. Em crianças, é comum identificarmos perda de audição decorrente de otites médias, caxumba e rubéola, infecções maternas durante a gestação, causas genéticas e problemas no parto. Já nos adolescentes, ela começa a manifestar as lesões auditivas por sons altos, incluindo o uso incorreto de fones de ouvido – que teve um aumento exponencial durante a pandemia da Covid-19, por conta das aulas on-line. Em adultos, identificamos as perdas auditivas ocupacionais, por exemplo, de pessoas que trabalham em fábricas onde há muito barulho, além de traumas da orelha, perfuração timpânica e algumas causas crônicas, como infecção persistente e o colesteatoma.

Quais são as orientações para manter os ouvidos saudáveis?

A primeira orientação é jamais introduzir qualquer objeto nos ouvidos ou tentar limpar os canais auditivos. Além disso, recomenda-se não utilizar nenhuma substância, como álcool, nos ouvidos.

É necessário ainda evitar a exposição a sons de alta intensidade, se mantendo distante de caixas de som ou de outras fontes sonoras. Se esta exposição for inevitável (ocupacional, por exemplo), é obrigatório o uso de protetores auriculares específicos para o som alto.

Quando for necessário utilizar fones de ouvido, prestar atenção para baixos volumes, permitindo ouvir algum chamado externo aos fones. É recomendável também usar os fones por períodos não muito prolongados e retirá-los periodicamente, para que haja a ventilação da pele.

Por fim, é importante atentar-se quando apresentar qualquer dúvida ou mal-estar em relação à audição, quando as crianças parecem desatentas ou com problema no rendimento escolar ou quando aparecer qualquer sintoma de dor, secreção ou coceira no ouvido. Nestes casos, o médico otorrinolaringologista deve ser imediatamente consultado, pois quanto mais precoce for o diagnóstico e o tratamento, maiores são as chances de recuperação da audição.

 

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