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Eventos foram realizados no último dia 3 de fevereiro e marcaram a posse do novo presidente, com quem batemos um papo sobre o que vem aí em sua gestão

Como já é tradição, com a chegada de um novo ano, uma nova diretoria toma posse em fevereiro, na Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).

A cerimônia, realizada no dia 3, sexta-feira, foi dividida em duas etapas, em São Paulo. 

Em um primeiro momento, no período da manhã, foi feito o Fórum da Direx 2023, com a presença da diretoria e dos representantes de todos os comitês da ABORL-CCF.

Foram debatidas as principais propostas e expectativas para o ano, pontos de melhoria que devem ser trabalhados no decorrer do atual exercício, além de uma série de sugestões apresentadas pelos presentes. Cada comitê teve a oportunidade de contar com a palavra e demonstrar, ao novo presidente, Dr. José Roberto Parisi Jurado, quais direções têm sido seguidas e os novos caminhos para este ano.

O evento de posse da nova diretoria da ABORL-CCF

O dia 3 de fevereiro também marcou a posse da nova diretoria da ABORL-CCF, cujo exercício se dará no decorrer do ano de 2023. Quem assume a cadeira da presidência é o Dr. José Roberto Parisi Jurado, que ocupava a vice-presidência na gestão passada, sob o comando do Dr. Renato Roithmann, que inclusive abriu a noite com as seguintes palavras.

“Obrigado, mais uma vez, por todo apoio que a gente recebeu durante 2022, de todo mundo. Para mim, é uma grande honra lhe passar essa medalha, Jurado”, disse o Dr. Renato ao realizar a entrega simbólica da diretoria ao novo dirigente.

Também marcou presença no evento o Dr. Akira Ishida, que esteve representando o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Dr. César Eduardo Fernandes, e a Associação Paulista de Medicina (APM).

“Nós estamos aqui pela Medicina. Então, eu peço aqui não um apoio, pois faz parte dessa junção. Todo mundo trabalhando junto, porque senão nós vamos morrer. E se nós morrermos, quem é que vai defender o médico?” disse Dr. Ishida em seu discurso, deixando clara a necessidade de união em prol da categoria médica.

Outra importante figura que ajudou a compor a mesa foi a Dra. Tatiana Bragança, que esteve representando o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o presidente da Associação Gaúcha de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (ASSOGOT CCF).

“Estamos vivendo um momento de transição. E tenho orgulho de dizer que, mesmo com as dificuldades, estamos fazendo todo o possível para defender a classe médica e mantê-la unida, frente às pautas que nós realmente acreditamos” disse a Dra. Tatiana, enquanto relembrava a campanha de gratuidade para o registro no RQE, que está em vigor até o mês de junho.

Por fim, não podemos deixar de citar o próprio Dr. Jurado, que também fez questão de deixar algumas palavras importantes aos participantes da cerimônia, após agradecer, simbolicamente na entrega de uma placa, a contribuição do Dr. Roithmann em seu mandato.

“Eu acredito que um líder tem que mostrar o caminho, mas ele tem que trazer, consigo, as pessoas que ele lidera”, destacou o Dr. Jurado, ao resumir a filosofia que pretende adotar em sua gestão, além de convidar e considerar muito bem-vinda toda ajuda que puder receber enquanto presidente da associação.

As expectativas para o exercício 2023 da nova diretoria da ABORL-CCF

O Portal Vox Otorrino conversou com o Dr. Jurado sobre suas principais expectativas para a nova gestão, bem como alguns dos futuros passos da associação em 2023. Confira a seguir:

Qual é o principal foco da presidência/associação para esse ano?

Temos algumas inovações para esse ano. Uma delas, é o nosso novo logotipo, que tem como objetivo a modernização da ABORL-CCF. A Associação faz 75 anos esse ano. Então queremos presentear a todos com uma nova logomarca, que mude a forma da gente se comunicar com o público.

Quais as expectativas para a gestão que se inicia?

Esse ano deve apresentar algumas dificuldades, por isso estamos nos preparando para atuar de forma a engrandecer a nossa especialidade, principalmente no que tange à parte de defesa profissional, que vai nos auxiliar a criar mecanismos de proteção ao médico otorrinolaringologista.

Quais ações sociais estão previstas para o período?

Por meio da nossa equipe de comunicação, pretendemos fazer uma campanha para estimular todos os otorrinos a participar de uma ação social – seja prestando atendimento solidário, seja ajudando um paciente em qualquer parte do país. Se considerarmos que somos oito mil otorrinos, e cada um fizer uma única ação por mês, teremos, ao longo do ano, mais de 100 mil atendimentos. Acredito que isso vai trazer benefícios para a população.

Com relação ao 53º Congresso da ABORL-CCF, quais são as expectativas? Em relação às últimas edições, há novidades em vista? Algo que possa ser adiantado?

Por enquanto, temos que o Congresso será realizado na Bahia, em um centro de convenções moderno, novo, o que já é um grande diferencial. Com relação a ideias, temos bastante, mas como ainda há um bom tempo para o evento, várias coisas vão acontecer… Mas, seguramente, será algo marcante, com muitas novidades.

Haverá continuidade em relação a algum dos projetos iniciados por gestões anteriores?

Sim. Como há uma identidade muito grande entre o Dr. Renato Roithmann e eu, definimos, entre nós mesmos, que será dada continuidade a algumas coisas que ele iniciou ano passado, além de outras do ano retrasado. 

Se o Dr. pudesse destacar uma das ações previstas para essa gestão, qual seria? E por quê?

Uma das coisas que muda, na forma de relacionamento entre a ABORL-CCF e os otorrinolaringologistas, é alterar a forma de tratamento das sub-áreas da ORL, passando a tratar as chamadas “academias” e “departamentos” como subespecialidades. Isso muda o status de cada área da ORL, permitindo que cada um de nós, dependendo da área onde atua, por preferência, possa se divulgar como uma subespecialidade, e não mais como “algo que faz diferente”. Isso já muda bastante a percepção da comunidade (médica e leiga) sobre o otorrino.

Este ano a ABORL-CCF completa 75 anos. Fale um pouco, por favor, sobre a evolução da associação nestas mais de 7 décadas.

A otorrinolaringologia, como um todo, ganhou muito ao longo destes 75 anos. Na verdade, no passado nós éramos conhecidos como “médicos de ouvido, nariz e garganta” – essa ideia acabou, já não existe mais. Porque a especialidade já se ampliou tanto, criando outras áreas de atuação, atuando em áreas de fronteira com outras especialidades, e isso aumentou muito o leque de atuação de um otorrino. Então, se a gente for comparar o início da especialidade e da associação, que se chamava Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, a evolução é algo impressionante.

Hoje, a otorrinolaringologia é muito procurada, sendo que no passado nós tínhamos muita dificuldade em conseguir novas pessoas que se dedicassem à nossa especialidade. Hoje, de modo contrário, é uma das áreas em que as pessoas têm mais dificuldade de ingressar num programa de residência, de tanto que chama a atenção. Isso permite que o médico, então, se dedique dependendo da sua vontade, a atendimentos na área clínica, área cirúrgica, trabalhe em área de pesquisa, atue junto a outros especialistas como o neurocirurgião, na área da base do crânio…

E a associação, em si, foi se profissionalizando. Hoje, nós somos exemplo para muitas especialidades, que não têm uma organização igual à nossa.

Acompanhe as próximas notícias no Portal VOX Otorrino e envie as suas sugestões de pauta para comunicaçao1@aborlccf.org.br.

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