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Paulo Augusto de Lima Pontes obteve graduação na Escola Paulista de Medicina em 1966. Realizou residência médica em Cirurgia Otorrinolaringologia no Hospital São Paulo, estágio em Cirurgia de Cabeça e Pescoço no Hospital do Câncer AC Camargo e estágio em Microcirurgia da Laringe na Universidade da Califórnia – Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos. 

Oriundo da cirurgia geral e, portanto, com treinamento em cirurgias de grande porte, decidiu se dedicar à Laringologia, um ponto de convergência entre a ORL e a Cirurgia de Cabeça e Pescoço. “Completei minha formação nesta especialidade no Hospital de Câncer de São Paulo e, em Laringologia, na Universidade da Califórnia, com foco na microcirurgia. Assim, pude trazer ao Brasil novas técnicas de cirurgia com o uso do microscópio. Paralelamente, tive de aprofundar meus conhecimentos na Ciência da Voz, que resultou na introdução no Brasil do uso do Laboratório de Voz para ensino, diagnóstico e tratamento de seus distúrbios”, conta. 

Médico voluntário na disciplina de ORL da Escola Paulista de Medicina até 1972, construiu a carreira como instrutor de ensino, Professor Assistente, Professor Adjunto e Professor Titular, ministrando aulas no Programa de ORL da grade curricular do Curso Médico da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). “Participei intensamente do programa da Residência Médica, com destaque na orientação aos médicos residentes em Cirurgias Otorrinolaringológicas e em Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Fui professor orientador no programa de pós-graduação em ORL e CCP e no programa do Distúrbio da Comunicação Humana, ambas da UNIFESP”, descreve. 

Dentre as muitas atividades exercidas, foi também Diretor Acadêmico do Campus São Paulo da UNIFESP, por eleição direta. “Mediante tratativas nas esferas governamentais, incorporei ao patrimônio da instituição áreas físicas que possibilitaram a construção do edifício do Hemocentro de São Paulo e do Hospital Universitário II. Ao me retirar da diretoria do Campus São Paulo, em 2013, deixei área desapropriada para a construção do Hospital da Criança e do Adolescente, além da Incorporação de área de 150 mil m² na zona leste para a expansão do Campus”, destaca. 

Além da intensa atuação na UNIFESP, Paulo Pontes organizou e ministrou estágios em Microcirurgia da Laringe para 23 especialistas estrangeiros em sua clínica privada, o Instituto da Laringe de São Paulo (INLAR). “Também exerci atividades assistenciais, com destaque nas funções de médico voluntário das equipes de assistência às populações do Vale do Alto Araguaia e dos Índios do Parque Nacional do Xingu”, revela. 

Presidiu, ainda, a Sociedade Brasileira de Laringologia e Voz, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), a Internacional Association of Phonosurgery (IAP) e a International Federation of Orhynolaryngological Societies (IFOS). 

Sob sua ótica, Paulo Pontes relembra as evoluções mais significativas registradas na especialidade. “Quando iniciei minhas atividades profissionais, vivíamos o grande avanço na Otologia, com destaque na área cirúrgica, decorrente da introdução do microscópio alguns anos antes. A Otoneurologia também estava em franca ascensão, com novos conceitos e métodos de avaliação e terapia. Outro marco significativo foi o incentivo e a apresentação de novas técnicas na realização de cirurgias parciais da laringe nos casos de câncer. Sucedendo os avanços da Laringologia, a Rinologia teve sua vez e, nesta supraespecialidade, os especialistas brasileiros tiveram expressivo papel em nível mundial”, relata. 

Quando questionado sobre as principais novidades que deveremos testemunhar nos próximos anos, o Professor aponta que a inteligência artificial, a base de dados, a nanotecnologia e a robótica, dentre outras, trarão mudanças ou troca de paradigmas. “Acredito que isso ocorrerá tanto nos diagnósticos quanto nos tratamentos e, em especial, na assistência. Ainda assim, é muito difícil fazer previsões diante da estrondosa evolução pela qual passa a ciência. Quanto à Otorrinolaringologia, como a especialidade que mais interage com as demais, será uma das primeiras a ser afetada, direta ou indiretamente. Tenho a esperança de que os possíveis avanços se façam com a preservação da relação médico-paciente, recuperando e preservando a liberdade de escolha e de decisão, tudo em consonância com os valores éticos e morais de ambos”, prevê. 

Atualmente, Paulo Pontes se dedica ao estudo da aquisição e desenvolvimento da linguagem, com foco no papel da laringe e de suas variações na comunicação humana. “Tenho como objetivo deixar uma contribuição para esta área do conhecimento também”, finaliza o Professor.

Alguns números de destaque ao longo da carreira: 
  • Teve 68 artigos publicados como autor. 
  • Outros 259 como colaborador em periódicos especializados. 
  • 5 livros publicados.
  • 58 capítulos. 
  • 2.477 citações na base de dados do Google Acadêmico. 
  • Orientando em 37 dissertações de mestrado e em 29 teses de doutorado. 
  • Participação em 512 eventos e congressos médicos. 
  • Palestrante em 72 encontros no exterior e 263 realizados no Brasil. 
Principais homenagens recebidas: 
  • Prêmio Jorge Marsillac, pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. 
  • Membro Honorário do Movimento Dignidade Médica. 
  • Presidente de Honra do Congresso Português de ORL. 
  • Membro Honorário da Fundación Mexicana de la Voz. 
  • Professor homenageado pela Associação Centro-Brasileira de ORL. 
  • Menção honrosa pela Federação das Sociedades de Biologia Experimental. 
  • Membro Honorário da Sociedade Portuguesa de ORL CCF. 
  • Mérito Científico pela Revista Arquivos Internacionais de ORL. 
  • Prêmio Líder Saúde do Grupo Empresarial LIDE SAÚDE. 
  • Médico Honorário da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira. 
  • Medalha de Ouro concedida pela International Federation of Otorhinolaryngological Societies. 
  • Homenageado com a criação do Prêmio anual “Paulo Pontes” para os melhores trabalhos científicos sobre Laringologia e Voz apresentados à The Voice Foundation /capítulo brasileiro (desde 2017).

Texto originalmente escrito por Renato Gutierrez e disponível na edição 177 da revista digital Vox Otorrino.

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Dr. Marco Aurélio Bottino