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Em entrevista exclusiva ao Portal Vox Otorrino, o Dr. Francinaldo Lobato Gomes, que será um dos palestrantes do VI Combined Meeting, destaca a importância de se adotar técnicas de gestão para o sucesso do consultório

Reconhecido entre seus pares como um dos maiores especialistas em finanças para médicos no país, autor de quatro livros sobre o tema, o neurocirurgião paraense Francinaldo Lobato Gomes é presença confirmada no VI Combined Meeting, que começa amanhã. Em sua palestra, que acontece na cerimônia de abertura do evento, ele vai falar um pouco de sua trajetória inspiradora e dar dicas de investimentos.

Graças à sua própria liberdade financeira, adquirida com muito esforço e disciplina, o Dr. Francinaldo já ajudou mais de 5.000 médicos de todo o Brasil que se encontravam na mesma situação financeira em que ele esteve no passado. Criador da estratégia Enriquecer faz bem à saúde (que consiste em uma série de passos que vão desde a educação financeira básica até investimentos), o especialista ajuda médicos e profissionais de saúde que desejam alcançar a tão sonhada independência financeira e, com isso, deixem de ser reféns dos plantões, bem como possam construir um futuro mais tranquilo para suas famílias.

Em entrevista exclusiva ao Portal Vox Otorrino, o Dr. Francinaldo destaca a importância de se adotar técnicas de gestão para o sucesso do consultório – e enfatiza que os médicos precisam rever, e de forma urgente, a cultura de relação com o dinheiro.

Seu método já ajudou milhares de pessoas em todo o Brasil. O que o senhor destaca como diferencial em seu processo de mentoria?

Um dos pontos mais importantes do processo é fazer com que os médicos entendam que precisam trabalhar por prazer, e não por necessidade. Eles precisam ser donos do seu tempo e estratégicos em seus investimentos.

Muita gente acredita que todos os médicos são bem-sucedidos financeiramente. Mas, afinal, por que isso não acontece?

A grande questão é que a faculdade só prepara os médicos para trabalharem. Os profissionais saem da universidade sem ter a menor ideia de como cuidar dos recursos que conquistam. Acredito que falta às universidades dar o devido preparo ao médico sobre o tema, mesmo que de forma optativa. Também considero importante que as sociedades de especialidade devam ajudar. 

Da mesma forma que a ABORL-CCF faz.

Exatamente. Hoje, são poucas as Sociedades que dão esse amparo, que oferecem cursos, que se preocupam de forma efetiva. No caso da ABORL-CCF, para a qual eu já desenvolvo um trabalho há mais de cinco anos, eu percebo que há um cuidado real com os associados. As informações são bem divulgadas, e os colegas otorrinolaringologistas aproveitam ao máximo, o que reflete positivamente no trabalho dessas pessoas.

Quais são os desafios trazidos pelos colegas que te procuram?

De modo geral, as pessoas apresentam dívidas, têm dificuldade com estratégias de marketing (que são importantíssimas para o sucesso de qualquer negócio) e não conseguem gerenciar a clínica ou consultório. Isso tudo, somado ao alto nível de estresse e à falta de organização do tempo, faz com que várias pessoas que chegam a mim em busca de ajuda me digam que não sabem nem quanto cobrar por uma consulta. 

Como assim?

É verdade! Muitos médicos que são extremamente competentes em suas especialidades não sabem dizer se o consultório ou a clínica está dando lucro. Isso acontece porque eles não se envolvem com isso, ou seja, deixam a administração nas mãos de terceiros. Só que isso pode ser bem perigoso. Se não há um controle por parte do médico, que é o maior interessado no sucesso de seu consultório, ele pode estar jogando suas horas de trabalho pelo ralo. O consultório pode estar dando prejuízo e ele nem saber.

Quais são as dicas para quem quer assumir o controle? 

Em primeiro lugar, é preciso fazer um diagnóstico da situação. Na sequência, considero de suma importância buscar conhecimento, aprender sobre as estratégias. Não é preciso fazer um MBA ou algo demorado. Existem cursos rápidos e até gratuitos para quem não tem condições de pagar. Depois, estando a par da situação e com conhecimento sobre o que deve ser feito, aí sim é a hora de formar uma equipe competente, com um administrador e um contador, e o médico na liderança. É o olhar dele que vai ser decisivo para o sucesso (ou não) do empreendimento.

Existe uma dificuldade para encarar o consultório como um negócio?

Sem dúvidas. Mas isso é facilmente contornável. O médico que se vê frente a este desafio precisa, urgentemente, rever a sua cultura de relação com o dinheiro. Lembre-se que é o seu suor e o seu conhecimento que estão comprometidos! Por isso, é preciso se envolver, ir atrás, nunca dizer “isso não é comigo”. É preciso assumir o comando.

Muita gente começa dividindo o consultório com um um familiar, um amigo, um colega de faculdade. Nesses casos, como lidar com sócios que eventualmente pensam de forma diferente da nossa?

Neste caso, sempre recomendo tentar mostrar ao sócio que ele precisa evoluir e se adaptar aos avanços tecnológicos, para lidar melhor com as mudanças. É preciso estar antenado. O que deu certo no passado não necessariamente dará certo hoje ou mesmo num futuro próximo. Por isso, insisto que tem que haver uma mudança de cultura. 

Em resumo, o negócio deve ser sempre a prioridade.

Sim. O médico precisa priorizar o negócio, e não a relação de amizade com um sócio. Caso contrário, é a empresa que paga o preço. Os sócios precisam ter em mente que a relação profissional deve ser diferente da relação pessoal. Isso não é fácil, principalmente quando há questões familiares que permeiam o negócio. Por isso, é necessário firmeza, e deixar claro que as decisões tomadas assim o são em prol da sobrevivência do negócio.

 

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